segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

GUERREIRA SEMPRE!!!




REFLEXÕES


Ela nunca duvida de sua capacidade de sonhar e ser feliz, ela sabe que é forte dentro de sua fragilidade aparente. No fundo, sabe que nunca vão deixá-la ser feliz, as mágoas estão dentro dela mesmo, escondidas, embotando as boas lembranças. Mas, porque faz questão de lembrar?

Está se sentindo esquecida e pensa até que ponto isto magoa... É difícil estabelecer um parâmetro, uma gradação para a dor, pois a dor é tão interior e tão pessoal que fica muito estranho comparar. O esquecimento, na verdade, magoa mais quando não disfarçado, às vezes é mascarado com palavras gentis e a mente se ilude e isso é bom.

Quanto às lembranças, estas, quando acompanhadas do esquecimento, magoam profundamente e causam feridas profundas. É necessário, no entanto, não esquecer, pois se a melhor parte da vida é formada pelas lembranças! Como esquecer o paladar do primeiro gole de vinho, o bom sabor da melhor lembrança da juventude a ele se compara e segue se embriagando de lembranças, deixando que elas a acompanhem e a levem de volta a um tempo feliz.

E as más lembranças? Essas são um mal necessário, de início, porque levam-na a refletir melhor, para saber onde errou o passo e depois, para que não volte a suceder dita feita, apesar de que, nunca se sente preparada. As lembranças ruins (será que sempre o são?), vão, de qualquer forma, acompanhar seu caminho vida afora e com a certeza de que estas sempre serão mais numerosas que as boas...

AMARGURA...




MOTIVO


Não há mágoa sem motivo. Tantas vezes suportamos coisas, enfrentamos nossos egos, relevamos e seguimos em frente. Outras vezes, somos pegos desprevenidos e, despidos da couraça de proteção, somos feridos, melhor dizendo, nos ferimos.

E, olhando com olhos de ver, sequer vale a pena sofrer pelo que magoou. É tão estranho o sentimento depois que se constata quão pouca importância tem certas pessoas. De tão estranho, chega a parecer ridículo haver definhado por tão pouco.

É de se indagar, ainda, se aquele que age de tal forma não deseja tão somente se fazer notar, atrair para si olhares interessados, já que sente-se impotente ante sua própria insignificância? Não sei explicar a atitude de quem assim age, até porque não há um padrão, porque durante toda nossa vida seguimos sendo magoados centenas de vezes e outro milhar, magoando também.

Diante de puerilidades, não há muito que pensar, o comportamento de determinadas pessoas é tão inútil e gratuito que sequer dá para ser denominado. Daí porque é de se concluir que quem assim age, o faz tão somente com o afã de ser notado e de se dar uma importância que, na verdade, não tem.

Poderíamos falar de raiva, irar-nos nesses momentos e até o fazemos, no entanto, analisando a situação, até mesmo com mínimo critério, vemos que tais criaturas são destituídas de algo essencial, vital para se viver: AMOR. Amor que não se impõe, amor que se doa, amor que se transforma em benesse em favor do amante.

Trágica situação para tal ente que, destituído do sentimento essencial, veste-se com os trajes de uma importância que sequer sonha em ter. Ilude-se, o desgraçado, crendo que impõe-se mediante a força, magoando e crendo que, ao plantar seu bizarro pé de ferro na cabeça dos incautos se tornará mais forte.

Lastimável situação desse ser, que necessita de tamanha atenção, é carente de sucesso pessoal, disfarça sua imensa solidão interior chocando e magoando quem encontra pela frente, aqueles que o amam de verdade, afastando-os para cada vez mais longe de si, distanciando-se, assim, sem saber do amor que não tem capacidade de sentir.

Ante esta conclusão, a mágoa se transforma em dó, que se transforma em piedade, que, por sua vez, cede lugar à compaixão por aquele ser que, provavelmente, jamais será nada, porque nada é e, tendo a chance de ser o tudo de alguém, nada faz. Triste fim lhe espera, pois nada é aquele que não ama e que, além de não conseguir amar, ainda tange de perto de si quem deseja lhe incutir amor. Triste epílogo para uma vida.

SOLIDÃO A DOIS!!!



SOLIDÃO

É noite alta. Altas horas de solidão. Havia companhia, mas ela sentia-se só. É tão negra e lúgubre a solidão em certas horas. Ninguém calcula o quanto pode ser duro estar sozinho em certos momentos, pode nem parec
er, mas é duro. E a dureza vai tomando corpo, crescendo, se avolumando, tornando-se mágoa, arrependimento, fraqueza de ânimo, nódoa na mente.

É tão gentil a noite. Nada cobra, nada vê, apenas passa. Ela é noctívaga por natureza, é amiga das horas noturnas, das solitárias horas enquanto todos dormem. É tão mais fácil chorar só, é tão mais simples remoer velhas m
ágoas sem a visão incômoda dos que não entendem. Ser só é bom, às vezes, ou quase sempre. Pior mesmo é a solidão acompanhada, ela revolta. Quando perturbada, quer isolar-se, pensar, refletir e não pode, o barulho do silêncio da companhia incomoda, soa estridente no solitário. Ela quer ficar só e não entendem...

O sono é amigo, faz esquecer, mas ela acorda e depara-se com a realidade e esta não é fácil. Por isso é tão bom à noite, silêncio, escuro, paz, mas chega alguém e lá se vai o sossego, a solidão tem companhia, indesejada, diga-se de passagem. Se assim é, ela prefere dormir, dormir um sono artificial, sem sonhos nem pesadelos, só esquecimento. É bom esquecer de algumas coisas, mesmo que seja por algumas poucas horas, melhor que companhias indesejáveis, dormir, dormir para não ver o tempo passar e com ele as lembranças, a maioria boas, ainda bem!

Como ela gostaria de estar longe, longe dessa realidade, de voltar no tempo, rever coisas... Gosta de estar só, preza a solidão, mas nem pode gozá-la a contento, pois tem sempre companhias inoportunas. É tão bom ser só, interiormente falando, poder falar consigo, resolver pendências, discutir rumos
, murmurar ao próprio ouvido coisas boas. A solidão é companheira e boa companheira. Pior mesmo é quando é acompanhada. Dessa forma é doída e injusta. Todos querem saber o porquê, mas ela só quer ficar só e não permitem e daí ela dorme um sono que não quer, para acordar numa realidade que não desejou. Essa é a vida, é o momento, essa é sua morte diária e ela sabe bem o que é morrer...

sábado, 13 de dezembro de 2008

FALA-ME DE TI...





TU, DESCONHECIDO...

Tu... quem és tu?
Conheces a mim, minha história de vida tu conheces...
Me conheces mais do que sei... mas quem és tu?
Tu, a quem eu ousei contar meus segredos, sucessos e fracassos...
Sim, eu os confessei a ti...

Te fiz meu confidente e sabes tudo de mim, me conheces...
Mas e tu, quem és tu?
Fala-me de ti, quero saber quem és tu...
Preciso conhecer teus sonhos, teus medos, teus segredos e pecados, tua fé...

Tu, que sabes do meu caminho de pedras pra chegar até aqui
Mas que nada me revelas de ti...
Fala-me, quem és tu?
Tu, metade gente, máscara de homem que proje
tei no meu imaginário...
Quem és tu?
Fruto de minha imaginação, criação da minha carência?
Quem és tu, criatura sem face?
Deixa-me te tocar e sentir teu respirar...
Tu, que vives em meus sonhos mas não é real...
Tu, que me conheces os segredos, de ti nada sei...
Quem és tu?

Criatura de gelo que vai se desfazer com o tempo és tu?
Quem és tu?
Revela-te e revela-me e assim posso desvendar os porquês desse meu querer...
Mas preciso saber qu
em és tu...

CONTRATO DE RISCO!!!



TRATADO COM O TEMPO


Nas tratativas com o tempo fiz acordos temerários...

Promessas fiz e não cumpri...

Amei, sorri e nem olhei o tempo...

Fiz tratativas com o tempo mas esqueci do contratado...

Contratei felicidade e certas vezes cumpri...

Contratei os contratempos e depois me arrependi e desfiz...

Contratei doar amor e o doei como ninguém...

Nas tratativas com o tempo esqueci coisas essenciais...

Fiz acordos temerários e nem percebi...

Nas tratativas com o tempo não lembrei que este passa por nós..

Veloz, implacável, pois é o tempo e tem todo tempo...

Nas tratativas com o tempo por minha perspectiva era feliz...

Acordara a chegada de pessoas em minha vida...

Na tratativa fiz acordo de amar e ser amada...

Cumpri... amei, sofri, tentei, vivi, mas perdi, me perdi...

Nas tratativas com o tempo analiso que perdi...

Me perdi de mim e ele me traiu...

Nas tratativas com o tempo fiz acordos temerários e perdi...

CERTOS DIAS...




TEMPO

Certos dias nem se vê a luz do sol...
Certos dias se vive por viver...

Certos dias olhamos pro nada e nada vemos...

Certos dias enxergamos demais...

Certos dias o vazio preenche...
Certos dias nada preenche o vazio...

Certos dias seriam bom estar distante de tudo e todos...

Certos dias nem deveríamos estar aq
ui...
Certos dias são tão solitários...

Certos dias nem existimos...
Certos dias nem somos nós...
Certos dias nem brilha o sol...

Certos dias são tão escuros que andamos como autômatos...

Certos dias a dor dói mais...

Certos dias são tão igu
ais...

MARCAS EM MIM...




MARCAS

Há marcas em mim, no meu coração
Na minha face, nos meus olhos...
Marcas de dor, restos de lágrimas...
Há marcas do meu passado
Minha face, antes jovial e sorridente
Hoje trás as marcas do tormento oculto
Há marcas em mim, eu sei!
São visíveis a olho nu...
Na minha face, nos meus olhos
Sim, restaram marcas, mas não mágoas!
Meu coração tem cicatrizes, mas está integro
E sorri pra vida e pro futuro!
Há marcas visíveis e invisíveis em mim, há...
Mas olho pra frente e vejo um futuro a ser desvendado!
Olho pra trás e vejo que boas coisas vivi...
Meu passado brilha diante de minhas lágrimas...
Meu futuro sorri pra mim, qual nascituro!
E vejo que vivi, vivo, estou no caminho!
Há marcas em mim?
Ai de mim se não as tivesse
Pois nem seria eu!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008


NOTÍVAGA

Sou criatura da noite, negra, escura, silenciosa...

Meu pensar é mais lúcido nesse estado de nostalgia

Sou criatura da noite e nostálgica como esta...

Notívagos, seres felizes e solitários...

Paradoxalmente, cheios de luz...

E, quando a noite si adianta, quando já é silêncio da madrugada

Os normais dormem, no seu sonhar de seres normais, naturais...

Então, os notívagos são reis e donos de seus mundos...

E da escuridão da noite fria e lúgubre

Surgem clarões de luz aqui, ali, acolá e mais além...

Legiões de notívagos estão a pensar...

E desse pensar surgem luzes sem que se apercebam...

Sim eu sou notívaga, amo a noite e seus mistérios

Amo a noite porque ela sou eu...

Escura, sombria, silenciosa, misteriosa...

Mas, paradoxalmente, cheia de luz...

Carrego em mim meus mistérios tal qual a noite...

Quem os irá desvendar?

Sim, sou notívaga e por isso sou luz...

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

ESCOLHAS...




ESCOLHI VOCÊ…


Escolhi você para fazer parte da minha vida

Escolhi você porque se faz presente em todos os meus dias

Escolhi você porque me faz sentir viva e me sentir gente

Escolhi você porque me faz feliz sua presença

Escolhi você, mesmo sabendo que não é verdade

Escolhi você mesmo sabendo que ia sofrer

Escolhi você, mesmo sentindo que não haveria paz

Escolhi você, apesar de minhas mazelas e das suas

Escolhi você, para comigo trilhar essa estrada incerta

Escolhi você em meus momentos de angústia

Escolhi você quando tudo se fazia escuro e você era a luz

Escolhi você, mesmo quando me traia e enganava

Escolhi você quando meu coração sangrava

Escolhi você, apesar das agruras desse viver inconstante

Escolhi você...

Escolhi viver, escolhi tentar, escolhi moldar meu coração

Escolhi você em vão por que você não me escolheu

Escolhi, então, viver na sombra sua e por um tempo assim foi

Escolhi viver na obscuridade do sentimento não correspondido

Escolhi o ostracismo por amor a você...

Escolhi mal e hoje eu escolhi viver...

Eu escolhi deixar o ostracismo do seu amor e viver...

Eu escolhi você, mas você nem entendeu...

Eu escolhi você e você outro caminho escolheu...

Escolhi viver minha estrada sozinha, escolhi renascer...

Eu escolhi a mim dessa vez...

domingo, 30 de novembro de 2008

ESTRELAS NO OLHAR!!!


AINDA HÁ ESTRELAS EM MEU OLHAR


Que eu possa ser uma nova criatura

Que eu possa olhar o mundo com olhos de bondade

Que o meu querer seja desprovido de maldade

Que o mal que me façam eu veja como escada para meu crescimento

Que eu possa me olhar no espelho sem vergonha de mim mesma

E refletido nele ver meu olhar e enxergar por mim os meus muitos defeitos

Que eu possa amar sem preconceitos e sem temor

Amando apenas pelo amor de amar, sem amarras

Que esse meu amar seja livre e com olhar de paz

Que eu possa sentir e suportar o peso dessa liberdade em mim

Que eu possa ter a força de um leão no meu coração

Que eu nunca tenha medo de amar para não sofrer

Que eu possa deixar brilhar no meu olhar sofrido

Todas as estrelas que ainda tenho dentro de mim

Que brilhem mesmo em meio às lágrimas

Eu sei que existem estrelas em meu olhar...

Eu sei que em meu olhar há estrelas...

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

AUSÊNCIA

AUSÊNCIA

Preciso de você e busco seu sorriso
Em lábios estranhos que passam por mim
Ouço seu suspiro leve e suave em bocas estranhas
Não é você, não são seus suspiros...
Sua presença é viva em mim, mas onde está?
Sob a luz pálida da lua caminho pelas calçadas
Calçadas nuas e frias, escuro em mim..
.
Nada encontro, não me encontro, não mais você
Sorrisos passam por mim em lábios estranhos
Não os enxergo e não me vêem eles também
Mas eu busco você nas madrugadas frias
Perambulo pelas ruas como dementada
Busco sua voz, nada encontro, só sons estranhos
Caminho longamente, sigo adiante
Mas após retorno cabisbaixa
Na minha busca nada é você

Nunca é você, nenhum sorriso do meu encontro
Nada mais é você...
Mas onde está se não aqui, mas faz eco em mim?


PRISIONEIRA DE MIM...


PRISIONEIRO

No silencio da noite algo me machuca a mente
Há um grito preso no peito, uma dor surda
Ininteligível, inacessível, um sussurro que faz eco
E machuca minha solitude noturna...

Procuro, debalde, encontrar a razão
Nada encontro e me ponho a cismar...
De repente, num súbito de lucidez
Um estalo na mente e uma saudade de mim...
Me vem uma saudade da criatura que fui
E que sei já não ser

E me indago onde me perdi...
Nos embriagantes soluços do teu amar?
Nos sussurros de amor que ouvi e falei, tantos?...
Onde ou quan do me apartei de meu EU?
E na madruga fria e insone vem a descoberta
O grito que ecoa dentro de mim sou EU
Ou o que fui um dia e me perdi de mim...
Reprimi, aprisionei, violentei, quando não vivi
Todos os sonhos que sonhei...

Renunciei por amor, amei, por certo e por demais
Mas agora e só agora
Reconheço que por esse amor
Aprisionei, enjaulei meu EU e esqueci de mim...
Na embriagues dos laços teus... doces laços que

Me aprisionaram e eu renunciei a tudo que sonhei...
Ah, descoberta estranha e aterradora
Me perdi de mim quando assumi minha insensata
E estranha necessidade de liberdade...
Sim, por que ser livre tem um preço
Alto preço que se paga com a solidão
A solidão dos diferentes, anormais, irracionais...

Paguei e ainda pago o preço dessa libertação
Dos laços que desfiz (desfiz?) a duras penas...
Sou livre, enfim, mas por que meu EU continua
Aprisionado dentro de mim?

Ah, solidão... O grito surdo é meu...
Que me perdi de mim por amor...

A SOLIDÃO DAS HORAS

Ah, sentimento de vazio e solidão...
Ah, horas mortas essas que custam a passar...
Por momentos sinto a alma a me sair do corpo
E ir ao teu encontro, mas onde estás?!?
Ah, angústia de querer e não poder...
Ah, sensação de inutilidade, de ser nada...
Ah, falta de sossego, de paz interior.
..
Mas, como tê-los se sequer minha alma está em mim?!?
Há em mim tal sentimento de solidão e desassossego
Que chega a ser desolação...
Minto, finjo o tempo inteiro...
Um dia fui feliz?
Não que eu lembre
Mas sinto falta dessa felicidade

Sentimento efêmero, meteórico em minha vida...
Ah, sensação de nunca ter sido nada
A felicidade sempre passou ao redor de mim
Jamais chegou a mim, sempre distante e fulgaz...
Ah, sensação de vazio e oco no coração...
Entre o que vêem em mim e o que sou
Há um mar imenso de vazio e solidão e des
assossego!
Sou uma invenção, caricatura de sorrisos e risos...
Ah, sensação de desassossego que não passa...
Ah vontade de voar, sem rumo...
Sem rumo com roteiro certo
Ah, quero apenas te ver e te tocar
Ah, queria apenas te encontrar...

Ah sensação de vazio, de falta tua...
Ah, coração, que teima em querer
O que não pode ter
...

MINHA TRISTEZA...

Pra esquecer minha tristeza...

Pra esquecer minha tristeza
Faço caras e boca, sorrisos amarelos...
Sorrio e abro bem os olhos que teimam em fechar...
Quando preciso esquecer
minha tristeza
Mantenho-as no secreto arcabouço das minhas lembranças...
Quando quero esquecer minha tristeza
Calo meu grito e a voz sai mansa, delineio meu falar...
De modo a que pensem que
estou em paz...
Quando tenho que esquecer minha tristeza
Falo com o olhar inexpressivo e, sup
ostamente sereno...
Olhar seco, pois as lágrimas estão bem guardadas
No compartimento secreto das lembranças
No arquivo vivo de minhas mortas lembranças...
É lá onde posso ch
orar...
Quando vou esquecer minha tristeza?...
Não existe tempo, nem lugar...
Pois quando ela se instala me dualizo,
Me transformo e deixo a aparent
e alegria se achegar...
Quando quero esquecer minha tristeza
Aí é que começo a chorar...
Quando quero lembrar minha tristeza
Me recolho e deixo extravasar
Correr o pranto, molhar o rosto
Deixo escorrer toda a lágri
ma presa em meu olhar...

FOTOGRAFIA...


FOTOGRAFIA

Hoje vi os olhos da minha juventude...
Como brilhavam, cheios de alegria!
Hoje revi os traços de um rosto cheio de confiança
Sem rugas de ressentimentos...
Hoje revi um sorriso

Cuja pureza não havia, ainda,
Sido maculada pela malícia do mundo...
Hoje revi um passado...
Viajei naquele rosto...
Senti saudades...
Hoje revi uns olhos
Hoje revi o passado
Hoje, revi uma foto daquela que fui...


terça-feira, 18 de novembro de 2008

SOLIDÃO...


SOLIDÃO AMIGA


A solidão certas vezes maltrata

Solidão as vezes nos mata aos poucos

Na surdina em nosso intimo sem que se perceba...

Nada existe que preencha o vazio nesses momentos...

Em certos momentos caminhar faz bem

Observar o vai-e-vem das ruas, pessoas que passam e nem enxergam

Como é desolador esse sentimento de não ser ninguém

De não ter mais esperanças de ser ou ter...

Ah, solidão que mata, sufoca o peito, não há como esconder...

Chega a noite, fria, escura, cheia de mistérios...

Ela é benfazeja e apraz ao solitário, tão escura e fria como dentro da alma...

Entra-se num labirinto escuro e frio, a sós, só pensamentos e mais nada...

É então hora de tirar a máscara e deixar cair dos olhos

A dor de ser só que está no coração...

Ah, solidão que maltrata, companheira inseparável dos meus dias...

Que certas horas me maltrata, mas que me faz companhia...

E, nesse paradoxo de vida, nesse continuo estar só

Sente-se a companhia...

Ah, seja bem vinda amiga solidão...

CANSADA...



CANSAÇO

Ah, me sinto tão cansada...

Cansada de andar em círculos viciosos

Cansada das minhas mortas ilusões

Cansada do vai-e-vem da vida de clichês obsoletos

Cansada de caminhar rumo a lugar nenhum...

Ando tão cansada...

Cansada de viver por viver

Cansada de usar essa máscara de alegria

Que machuca minha real identidade

Ando tão cansada de ser apenas mais um rosto na multidão

Cansada de olhar pro futuro e ver apenas o nada

Cansada de olhar pra esses nadas...

Estou tão cansada...

Cansada de não ter olhos amorosos a me fitarem

Cansada de não ter a quem abraçar

Cansada de não ter ninguém, de não ser de ninguém...

Ando tão cansada, simplesmente cansada de ser EU...


quinta-feira, 13 de novembro de 2008

TI VOGLIO VITA...


NON VOGLIO ANDARE VIA DA TE...



Non voglio andare via da te..
Solo voglio il tuo sguardo in tutti i momenti...
Cercami nella mia solitudine in mia esenzia di vita...
Solo cercami se sono triste...
Solo guardami se sono fragile...
Mi é mancato tuo sguardo e il tuo viso sul mio sguardo...
Mi manchi in ogni cose...
Non mi lasciar andare via da te cosi...
Non voglio stare lontana di nostri sogni...
Voglio vivere un sogno e in sogno con te...
Guardami e cercami vita mia...
Ho bisogno d’amore, del tuo amore e solo il tuo...
Per te sono uma donna e sono tua... perché mi ho datto a te...
Ma cercami poi sono solo una bambina con tanti sogni...
Ma ho un corpo da donna che voglia coccole e amore...
Non mi lasciar andar via da te...
Guardami con tuo sguardo d’amore e saremo vicini...
Nostre anime si sono conosciute da tempo...
Siamo una coppia e ti amo...
Ma cercami amore mio e guarda in tuo cuore per sempre...
Non voglio andare via da te...
(PER TE AMORE – MADALENA RIBEIRO



CERCAMI VITA MIA...


CERCAMI AMORE MIO...


Cercami amore mio...
Guardami con occhi teneri...
Vedo mai angoscia per non verderti...
Cercami amore mio...
Non mi lasciare andare via...
Ho bisogno del tuo sguardo...
Cercami amore mio...
Guardami con occhi d’amore...
Il mio camminare si fa troppo difficile senza de te...
Cercami amore mio...
Oggi sono andata al mare per sentirti li...
In quel grande e infinito mare...

Sono stata a cercarti in aria e spiaggia
Ascoltando il linguaggio della tua anima
Cosi come la spiaggia ascoltava il linguaggio delle onde...
Ma non eri li e tutto si fa triste in me...
Cercami amore mio...
Si siamo lontani cercami in piccoli fiori e vivrò in quel fiorellino...
Cercami cercami in aria che ti va in viso...
In calore del sole al giorno poi ti amerò in ogni raggio del sole...
Cercami in piccole stelline e nella luna nelle notti fredde...
Ma cercami amore mio...
Guardami nel tuo cuore, guardami amore mio...
Come sei tu in me per sempre...
Come ti cercherò per sempre in mio pensiero...
(PER TE AMORE – MADALENA RIBEIRO


terça-feira, 11 de novembro de 2008

ESTOU SÓ...




É madrugada, estou só, não que a solidão me incomode, ela me consola, é minha amiga, minha companheira, minha irmã das noites... Como sinto sua falta, de seus braços, abraços, colo, aconchego! Estou só e comigo, sou várias, me desconheço, as vezes, mas sou eu, nessa busca de vida, de mim! Estou ainda no passado, meu futuro é incerto e não sei o que me reserva, mas ele não me preocupa! Me enlouquece esse presente, que vive no passado e isso está matando minhas esperanças no futuro! Futuro... nem sei como será e nem quero saber! O que eu queria no meu futuro não posso ter, então ele pra mim não existe, é mera expectativa e nem me pulsa o coração se haverá ou não! O que me dói é esse presente sem esperanças, essa dor sem trégua, esse desassossego, essa falta de amor! Ah, sensação de vazio e solidão que nada preenche... Sou sombria, mas cheia de luz, paradoxo isso, não? Mas sei que há luz em mim e um dia, um dia, se meu futuro chegar, essa luz há de brilhar! (Madalena Ribeiro)